sábado, 26 de fevereiro de 2011

Diário de Borde Módulo 04

Unidade 1 Educação Ambiental na Prática Educacional
Ana Maria Lombardi Daibém
Jandira Liria Biscalquini Talamoni
Gostei muito da oportunidade de estudar mais e debater com minhas colegas esse assunto, sou uma apaixonada pela educação ambiental, e procuro primeiro me educar a cada dia com teorias e práticas sobre o tema para poder passar para alunos, filho, marido, irmãos, e todos que cruzam o meu caminho não só com palavras, mas com atitudes.
Sempre acreditei, e continuo a acreditar que a educação ambiental, em seu conceito, começou muito mal. Primeiro ensinávamos que o meio ambiente era as matas, os animais e os rios apenas. Nós que éramos do interior, e nunca tínhamos visto o mar, o mangue, a caatinga, o pantanal, as diferentes paisagens geográficas: planaltos, depressões, picos, abismos (quenios), entre outros, sem contar as diversidades climáticas num mesmo Brasil. Não conseguíamos seguem mensurar a grandeza desta palavra.
Com o tempo esses conceito ampliou-se para nós, passando então a incluir esses novos panoramas. Mas ainda faltava, pois o maior predador do planeta, o homem, que interfere e modifica todas as formas de vida do planeta, do mineral, passando pelo vegetal, animal e chegando ao humano não se incluía como parte do meio ambiente, talvez por acreditar que era onipotente.
Hoje temos que ter como prática uma Educação Ambiental holística, que trabalha causas e conseqüências universais, e aqui onde vivemos nas áreas sociais, culturais, econômicas e políticas, combatendo as desigualdades sociais, seja do ponto de vista da sustentabilidade do planeta e seus recursos naturais. Incutindo através de teorias e práticas, em cada individuo, porém não se esquecendo do eu, atitudes de reaproveitamento dos recursos disponíveis, renovação dos descartes do que não é possível reaproveitar (reciclagem) e reduzir ao máximo consumos desnecessários.
Ao que tudo indica, na última década, já houve uma mudança, pequena, mas significativa o homem tomou consciência de que não basta apenas preservar é preciso ações imediatas de recuperação de tudo que foi degradado, no solo, nas matas, nos animais em extinção, nos recursos hídricos, e atmosféricos e também equiparar desníveis sociais, que leva o próprio homem a avanças sobre áreas protegidas e de alta periculosidade para oferecer segurança sócio-ambiental.  
Então continuarei a lançar a semente ao solo, sempre na esperança de que algumas geminarão, outras, como diz, Padre Antônio Vieira: serão consumidas pelos espinhos, pela terra seca e rochosa ou pelo fogo e o calor da ignorância, entretanto ainda assim lhes causarao alguns efeitos, mas as venturas das sementes que geminam darão frutos cem por um.
Beijos e abraços fraternos: Mariana.


Unidade 2 – Educação para as Questões de Gênero e Diversidade Sexual
Ana Cláudia Bortolozzi Maia
Ari Fernando Maia

Muito obrigado pela oportunidade de estudar mais um pouco sobre essa questão discriminada, ainda nos dias de hoje, mesmo a mulher tendo conseguido conquistar tantos direitos.
Apesar de sermos mulheres, trabalhadoras, mães, dona-de-casa e esposas, ainda reproduzimos muito machismo em nossa educação no dia-a-dia. Por exemplo, quando estamos efetuando algum trabalho doméstico, que ainda conota trabalho feminino, pedimos aos nossos filhos ou marido: fulano, lava a louça ou recolhe a roupa do varal “para mim”, por favor! . Continuamos a reproduzir conceito como: mãe, já lavei a louça “para você” ou ainda, esposa, estendi a cama “para você”, como se fosse a mulher a única beneficiada com tais serviço, levando-nos a conservar o raciocínio de que estamos em débito com o marido ou o filho só porque nos ajudou na manutenção da ordem doméstica.
Alguns estudiosos do comportamento como Içami Tiba em suas obras:Homem cobra e Mulher polvo, ou quem ama educa, afirmam que isso ocorre porque o homem tem muito a evoluir como pai e chefe de família e que deste a pré-história a mulher carrega sobre os ombros a carga da gerência do lar e educação da prole, pois o macho estava muito ocupado em suas caçadas, migrando de lugar para lugar e “protegendo os outros machos” contra os predadores. A aproximação da mulher só se dava para fins de acasalamento, como forma de perpetuação da espécie, porém sem nenhum compromisso com a criação.
Bom graças a Deus, “evoluímos” porém, nem tanto, hoje temos uma casa para nos abrigar e um registro civil que obriga o homem a assumir suas obrigações conjugais, e responsabilidade com a educação da prole. Até assistimos casais invertendo os papeis: homens cuidando de casa e das crianças, enquanto mulheres provem o sustento financeiro da família. No entanto, isso não aconteceu por solidariedade ou igualdades de direitos, e sim por mulheres terem conquistado o mercado de trabalho e hoje são a maioria nas universidades, sem entretanto esquecer-se do rebento em casa.
Lembro-me bem, na década de 80, ainda adolescente que tive a oportunidade de assistir um curta metragem com  participação de Paulo Betti, Eliane Giardini, José Mayer e Zezé Mota o filme ACORDA RAIMUNDO...ACORDA. Uma produção do CETA-IBASE, que contava a história de duas famílias a de Raimundo e seu compadre invertendo totalmente os papel  de homem e mulher, marido e esposa. Nos riamos muito daquela situação e jamais imaginávamos que um dia isso pudesse acontecer. E esta acontecendo. Fica a sugestão de assistir a uns pedaços:
Beijos e abraços fraternais: Mariana.


Unidade 3 – Educação das Relações Étnico-Raciais:O Brasil Afro.
Dagoberto José Fonseca


Agradeço mais uma vez pela oportunidade de estudar e compartilhar com minhas companheiras este tema.
Talvez este tenha sido, dentre os temas estudados por nós, o que mais dificuldades eu tive para desenvolver um debate, isso porque sei de todas as lutas e humilhações esta etnia teve e ainda tem, para garantir seus direitos de cidadão livres e plenos, nos países colônias do continente europeu e até mesmo em seu próprio continente, o Africano.
Gostei muito dos trabalhos pesquisados e postados por minhas companheiras de curso. Esse material me proporcionou reflexão, e mudança de foco sobre um tema que pode cai no senso comum como sendo um reconhecimento por tanto sangue e suor dado a emancipação e desenvolvimento do Brasil pelo afro-descendentes.
Tudo bem que os imigrantes, italianos, japoneses, holandeses e outros, vieram para o Brasil colônia e ajudaram no progresso agrícola e posteriormente industrial do país. Mas à eles foi dado o direito de escolha, de virem “fazer América”, ou continuarem em seus países, que naquele momento, pós guerra, também não lhes garantiam um futuro promissor. O mesmo não ocorreu com os Africanos, não lhes deram direito de escolha, nem condições de “fazer América” e agora vem tratar das relações Étnico-Raciais dos afro-brasileiros com a criação de uma lei (10.639/03) que institui o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas brasileiras.
Por que o mesmo não precisou acontecer com os europeus?
Sem contar com os rótulos pejorativos que esses receberam e ainda recebem da sociedade como: 90% negros são bandidos, é só olhar os presídios!, o preto é burro! Preto, quando não “caga” na entrada, “caga”, na sida! Isso ta parecendo serviço de preto! E por ai vai. Ninguém fala da falta de oportunidade no mercado de trabalho, onde os menores salários, os mais pesados e os subalternos são ocupados sempre pelos negros. Na escola são os primeiros a se evadirem, por causas econômicas, sócio-culturais e familiares. E quando persistem são poucos que concluem o ensino médio.  Mas os governos hipócritas, se preocupam com isso, por isso criaram as cotas para negros nas universidades!!! Para saldar essa divida vergonhosa com os afro-brasileiros.
Lá fora, na Europa, também há quem diga que os males do Brasil, quanto a corrupção, bandidagem, analfabetismo, concentração de renda e latifúndio se deve ao fato de o Brasil ser colonizada primeiramente pela escória portuguesa: prostituta, estupradores, corruptos, assassinos entre outros, com o único objetivos de povoar o território nacional, impedindo a pirataria de outros países. Não acredito na estagnação evolutiva do homem, seja, física, intelectual ou moral, pois, apesar de um passado nefasto e possível construir um país irmão, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia e justiça social com oportunidades para todos sem distinção de origem,raça,sexo, cor, idade ou religião. Como preconiza a Constituição Federal (1988) em seu artigo 3º.
Abraços fraternais, Mariana.


Unidade 04 – Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
Eliana Marques Zanata
Elisandra André Maranhe


Quero agradecer imensamente pela oportunidade de estudar este tema: Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, porque ainda nos causa muita angustia e ansiedade quando recebemos na prática uma criança com alguma necessidade especial.

As lutas pela implantação de uma política de inclusão não são recentes no Brasil ou no mundo, que até bem pouco tempo contava apenas com escolas especiais mantidas por filantropia, com recursos sempre apertados e evasão cada vez maior de sua clientela. Sem contar que as grandes empresas privadas de ensino desprezam ou rejeitam qualquer perspectiva de atendimento ao portador de necessidades especiais e suas famílias, por acreditarem que seus métodos são destinados às classes escolhidas e puras, assim como pesavam os nazista, em detrimento aos judeus. 
Há dez anos o debate sobre inclusão tramita no legislativo sobre forte pressão do MEC e despertando reações das escolas especiais e principalmente da FANAPAES- Federação Nacional das APAES. Segundo seu  presidente o então Deputado Eduardo Barbosa (PSDB) a inconstitucionalidade da Resolução 4/10 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CBE/CNE) e propõe anular o artigo da resolução que trata do caráter comple3mentar e ou suplementar do atendimento educacional especializado, justificando que alunos com deficiência possam receber exclusivamente a educação oferecidas pelas escolas especiais, deixando de freqüentar o espaço comum das escolas regulares, tendo em vista que o projeto de decreto visa tão somente a suspensão do efeito da norma expedida pelo CNE e publicada pelo então ministro da Educação Fernando Haddad em julho de 2010 e a obrigatoriedade dos sistemas de ensino em matricular alunos com deficiência.
Em dezembro passado, o Senado Federal promoveu o 6º Fórum Senado Debate Brasil, com o objetivo de capacitar os agentes legislativos a observar e efetivar os princípios propostos na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Resta saber se o legislativo que irá tomar posse em fevereiro próximo irá acompanhar a vontade pública expressa na CONAE e no PNE e respeitar a hierarquia legal em vigor no Brasil ou se irá prevalecer o desejo de quem quer voltar atrás na implementação da educação inclusiva, abrindo brechas para que crianças com deficiência e suas famílias voltem a submeter-se à exclusão precoce do convívio social escolar e alijando-as do direito indisponível à educação e participação plena na sociedade.
Apesar de todos os esforços junto aos poderes constituídos para assegurar e garantir a inclusão escolar a todos que dela precisa, ainda temos muito que conseguir e buscar na plena capacitação dos docentes, como afirma Elizabet Dias de Sá a uma entrevista, via web, com Renata  Paschoalini, aluna do segundo ano de pedagogia nas Faculdades Integradas da cidade de Jaú, São Paulo, para um trabalho escolar.
Perguntado a especialista e consultora educacional se o professor esta preparado para inclusão Elizabet Dias de Sá responde:
“ Não! Ele está preparado para excluir e ser excluído, pois foi o que aprendeu em sua trajetória e em sua formação. Os educadores foram e ainda são formados por instituições ou agências de formação seletivas ou excludentes. Por isso, não podemos esperar que estejam preparados e sim que sejam preparados no exercício de suas atividades”.
 Apoio: Lucio Carvalho é coordenador da revista digital Inclusive: inclusão e cidadania (http://null/www.inclusive.org.br  contato lucioscjr@uol.com.br

Abraços fraternais, Mariana.




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