sábado, 26 de fevereiro de 2011

Diário de Borde Módulo 04

Unidade 1 Educação Ambiental na Prática Educacional
Ana Maria Lombardi Daibém
Jandira Liria Biscalquini Talamoni
Gostei muito da oportunidade de estudar mais e debater com minhas colegas esse assunto, sou uma apaixonada pela educação ambiental, e procuro primeiro me educar a cada dia com teorias e práticas sobre o tema para poder passar para alunos, filho, marido, irmãos, e todos que cruzam o meu caminho não só com palavras, mas com atitudes.
Sempre acreditei, e continuo a acreditar que a educação ambiental, em seu conceito, começou muito mal. Primeiro ensinávamos que o meio ambiente era as matas, os animais e os rios apenas. Nós que éramos do interior, e nunca tínhamos visto o mar, o mangue, a caatinga, o pantanal, as diferentes paisagens geográficas: planaltos, depressões, picos, abismos (quenios), entre outros, sem contar as diversidades climáticas num mesmo Brasil. Não conseguíamos seguem mensurar a grandeza desta palavra.
Com o tempo esses conceito ampliou-se para nós, passando então a incluir esses novos panoramas. Mas ainda faltava, pois o maior predador do planeta, o homem, que interfere e modifica todas as formas de vida do planeta, do mineral, passando pelo vegetal, animal e chegando ao humano não se incluía como parte do meio ambiente, talvez por acreditar que era onipotente.
Hoje temos que ter como prática uma Educação Ambiental holística, que trabalha causas e conseqüências universais, e aqui onde vivemos nas áreas sociais, culturais, econômicas e políticas, combatendo as desigualdades sociais, seja do ponto de vista da sustentabilidade do planeta e seus recursos naturais. Incutindo através de teorias e práticas, em cada individuo, porém não se esquecendo do eu, atitudes de reaproveitamento dos recursos disponíveis, renovação dos descartes do que não é possível reaproveitar (reciclagem) e reduzir ao máximo consumos desnecessários.
Ao que tudo indica, na última década, já houve uma mudança, pequena, mas significativa o homem tomou consciência de que não basta apenas preservar é preciso ações imediatas de recuperação de tudo que foi degradado, no solo, nas matas, nos animais em extinção, nos recursos hídricos, e atmosféricos e também equiparar desníveis sociais, que leva o próprio homem a avanças sobre áreas protegidas e de alta periculosidade para oferecer segurança sócio-ambiental.  
Então continuarei a lançar a semente ao solo, sempre na esperança de que algumas geminarão, outras, como diz, Padre Antônio Vieira: serão consumidas pelos espinhos, pela terra seca e rochosa ou pelo fogo e o calor da ignorância, entretanto ainda assim lhes causarao alguns efeitos, mas as venturas das sementes que geminam darão frutos cem por um.
Beijos e abraços fraternos: Mariana.


Unidade 2 – Educação para as Questões de Gênero e Diversidade Sexual
Ana Cláudia Bortolozzi Maia
Ari Fernando Maia

Muito obrigado pela oportunidade de estudar mais um pouco sobre essa questão discriminada, ainda nos dias de hoje, mesmo a mulher tendo conseguido conquistar tantos direitos.
Apesar de sermos mulheres, trabalhadoras, mães, dona-de-casa e esposas, ainda reproduzimos muito machismo em nossa educação no dia-a-dia. Por exemplo, quando estamos efetuando algum trabalho doméstico, que ainda conota trabalho feminino, pedimos aos nossos filhos ou marido: fulano, lava a louça ou recolhe a roupa do varal “para mim”, por favor! . Continuamos a reproduzir conceito como: mãe, já lavei a louça “para você” ou ainda, esposa, estendi a cama “para você”, como se fosse a mulher a única beneficiada com tais serviço, levando-nos a conservar o raciocínio de que estamos em débito com o marido ou o filho só porque nos ajudou na manutenção da ordem doméstica.
Alguns estudiosos do comportamento como Içami Tiba em suas obras:Homem cobra e Mulher polvo, ou quem ama educa, afirmam que isso ocorre porque o homem tem muito a evoluir como pai e chefe de família e que deste a pré-história a mulher carrega sobre os ombros a carga da gerência do lar e educação da prole, pois o macho estava muito ocupado em suas caçadas, migrando de lugar para lugar e “protegendo os outros machos” contra os predadores. A aproximação da mulher só se dava para fins de acasalamento, como forma de perpetuação da espécie, porém sem nenhum compromisso com a criação.
Bom graças a Deus, “evoluímos” porém, nem tanto, hoje temos uma casa para nos abrigar e um registro civil que obriga o homem a assumir suas obrigações conjugais, e responsabilidade com a educação da prole. Até assistimos casais invertendo os papeis: homens cuidando de casa e das crianças, enquanto mulheres provem o sustento financeiro da família. No entanto, isso não aconteceu por solidariedade ou igualdades de direitos, e sim por mulheres terem conquistado o mercado de trabalho e hoje são a maioria nas universidades, sem entretanto esquecer-se do rebento em casa.
Lembro-me bem, na década de 80, ainda adolescente que tive a oportunidade de assistir um curta metragem com  participação de Paulo Betti, Eliane Giardini, José Mayer e Zezé Mota o filme ACORDA RAIMUNDO...ACORDA. Uma produção do CETA-IBASE, que contava a história de duas famílias a de Raimundo e seu compadre invertendo totalmente os papel  de homem e mulher, marido e esposa. Nos riamos muito daquela situação e jamais imaginávamos que um dia isso pudesse acontecer. E esta acontecendo. Fica a sugestão de assistir a uns pedaços:
Beijos e abraços fraternais: Mariana.


Unidade 3 – Educação das Relações Étnico-Raciais:O Brasil Afro.
Dagoberto José Fonseca


Agradeço mais uma vez pela oportunidade de estudar e compartilhar com minhas companheiras este tema.
Talvez este tenha sido, dentre os temas estudados por nós, o que mais dificuldades eu tive para desenvolver um debate, isso porque sei de todas as lutas e humilhações esta etnia teve e ainda tem, para garantir seus direitos de cidadão livres e plenos, nos países colônias do continente europeu e até mesmo em seu próprio continente, o Africano.
Gostei muito dos trabalhos pesquisados e postados por minhas companheiras de curso. Esse material me proporcionou reflexão, e mudança de foco sobre um tema que pode cai no senso comum como sendo um reconhecimento por tanto sangue e suor dado a emancipação e desenvolvimento do Brasil pelo afro-descendentes.
Tudo bem que os imigrantes, italianos, japoneses, holandeses e outros, vieram para o Brasil colônia e ajudaram no progresso agrícola e posteriormente industrial do país. Mas à eles foi dado o direito de escolha, de virem “fazer América”, ou continuarem em seus países, que naquele momento, pós guerra, também não lhes garantiam um futuro promissor. O mesmo não ocorreu com os Africanos, não lhes deram direito de escolha, nem condições de “fazer América” e agora vem tratar das relações Étnico-Raciais dos afro-brasileiros com a criação de uma lei (10.639/03) que institui o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas brasileiras.
Por que o mesmo não precisou acontecer com os europeus?
Sem contar com os rótulos pejorativos que esses receberam e ainda recebem da sociedade como: 90% negros são bandidos, é só olhar os presídios!, o preto é burro! Preto, quando não “caga” na entrada, “caga”, na sida! Isso ta parecendo serviço de preto! E por ai vai. Ninguém fala da falta de oportunidade no mercado de trabalho, onde os menores salários, os mais pesados e os subalternos são ocupados sempre pelos negros. Na escola são os primeiros a se evadirem, por causas econômicas, sócio-culturais e familiares. E quando persistem são poucos que concluem o ensino médio.  Mas os governos hipócritas, se preocupam com isso, por isso criaram as cotas para negros nas universidades!!! Para saldar essa divida vergonhosa com os afro-brasileiros.
Lá fora, na Europa, também há quem diga que os males do Brasil, quanto a corrupção, bandidagem, analfabetismo, concentração de renda e latifúndio se deve ao fato de o Brasil ser colonizada primeiramente pela escória portuguesa: prostituta, estupradores, corruptos, assassinos entre outros, com o único objetivos de povoar o território nacional, impedindo a pirataria de outros países. Não acredito na estagnação evolutiva do homem, seja, física, intelectual ou moral, pois, apesar de um passado nefasto e possível construir um país irmão, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia e justiça social com oportunidades para todos sem distinção de origem,raça,sexo, cor, idade ou religião. Como preconiza a Constituição Federal (1988) em seu artigo 3º.
Abraços fraternais, Mariana.


Unidade 04 – Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini
Eliana Marques Zanata
Elisandra André Maranhe


Quero agradecer imensamente pela oportunidade de estudar este tema: Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, porque ainda nos causa muita angustia e ansiedade quando recebemos na prática uma criança com alguma necessidade especial.

As lutas pela implantação de uma política de inclusão não são recentes no Brasil ou no mundo, que até bem pouco tempo contava apenas com escolas especiais mantidas por filantropia, com recursos sempre apertados e evasão cada vez maior de sua clientela. Sem contar que as grandes empresas privadas de ensino desprezam ou rejeitam qualquer perspectiva de atendimento ao portador de necessidades especiais e suas famílias, por acreditarem que seus métodos são destinados às classes escolhidas e puras, assim como pesavam os nazista, em detrimento aos judeus. 
Há dez anos o debate sobre inclusão tramita no legislativo sobre forte pressão do MEC e despertando reações das escolas especiais e principalmente da FANAPAES- Federação Nacional das APAES. Segundo seu  presidente o então Deputado Eduardo Barbosa (PSDB) a inconstitucionalidade da Resolução 4/10 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CBE/CNE) e propõe anular o artigo da resolução que trata do caráter comple3mentar e ou suplementar do atendimento educacional especializado, justificando que alunos com deficiência possam receber exclusivamente a educação oferecidas pelas escolas especiais, deixando de freqüentar o espaço comum das escolas regulares, tendo em vista que o projeto de decreto visa tão somente a suspensão do efeito da norma expedida pelo CNE e publicada pelo então ministro da Educação Fernando Haddad em julho de 2010 e a obrigatoriedade dos sistemas de ensino em matricular alunos com deficiência.
Em dezembro passado, o Senado Federal promoveu o 6º Fórum Senado Debate Brasil, com o objetivo de capacitar os agentes legislativos a observar e efetivar os princípios propostos na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Resta saber se o legislativo que irá tomar posse em fevereiro próximo irá acompanhar a vontade pública expressa na CONAE e no PNE e respeitar a hierarquia legal em vigor no Brasil ou se irá prevalecer o desejo de quem quer voltar atrás na implementação da educação inclusiva, abrindo brechas para que crianças com deficiência e suas famílias voltem a submeter-se à exclusão precoce do convívio social escolar e alijando-as do direito indisponível à educação e participação plena na sociedade.
Apesar de todos os esforços junto aos poderes constituídos para assegurar e garantir a inclusão escolar a todos que dela precisa, ainda temos muito que conseguir e buscar na plena capacitação dos docentes, como afirma Elizabet Dias de Sá a uma entrevista, via web, com Renata  Paschoalini, aluna do segundo ano de pedagogia nas Faculdades Integradas da cidade de Jaú, São Paulo, para um trabalho escolar.
Perguntado a especialista e consultora educacional se o professor esta preparado para inclusão Elizabet Dias de Sá responde:
“ Não! Ele está preparado para excluir e ser excluído, pois foi o que aprendeu em sua trajetória e em sua formação. Os educadores foram e ainda são formados por instituições ou agências de formação seletivas ou excludentes. Por isso, não podemos esperar que estejam preparados e sim que sejam preparados no exercício de suas atividades”.
 Apoio: Lucio Carvalho é coordenador da revista digital Inclusive: inclusão e cidadania (http://null/www.inclusive.org.br  contato lucioscjr@uol.com.br

Abraços fraternais, Mariana.




Diário de bordo:Módulo 03

Módulo 3 - Unidade 1
Sujeitos e saberes da Educação de Jovens e Adultos.
Antônio Francisco Marques e Eliana Marques Zanata.
 
Amo este tema, Educação de Jovens e Adultos, sempre gostei e se pudesse me aperfeiçoaria nesta área, Porém, apesar de todo o avanço conquistado através lutas, movimentos em pró de uma educação para Jovens e Adultos com qualidade e atendimento indiscriminado a toda população que se encontra em defasagem idade/série, o que ainda se vislumbra é a mera ponta do “véu”, ações pontuais que não tem continuidade como os programas desenvolvidos por sindicatos, instituições religiosa, associações civis ou movimentos sociais como, por exemplo, dos trabalhadores Sem Terra, MST, que funcionam enquanto estão atrelados a algum projeto, mas não dispõem de infra-estrutura e muito menos de profissionais capacitados para oferecer um atendimento de qualidade. Diante deste quadro aviltante, ainda nos calamos e nos contentamos quanto nos deparamos com cidades como Castilho com 15.122 habitantes, segundo o último senso do IBGE (2004), com apenas duas classe, correspondente a 1ª e 2ª série e outra 3ª e 4ª serie respectivamente, de alfabetização de jovens e adultos no período noturno e ainda correndo o risco de não ter demanda para o ano seguinte. Será que em Castilho sua população é auto-suficiente no quesito escolarização? Ou será que faltam políticas públicas para atender essa clientela, espalhada pela zona rural e periferia da cidade? È muito mais fácil, politicamente fechar os olhos para esse câncer social do que tratá-lo, já que o paciente na UTEI se contenta com as gotas de remédios que lhes dão para mantê-lo vivo desde que ele ou seus familiares saibam assinar a ficha de atendimento médico do SUS.
Participei de um projeto maravilhoso em 2004 e 2005, como coordenadora de um núcleo regional de alfabetização de jovens e adultos, nos municípios de Castilho, Andradina, Nova Independência e Itapura, Projeto Todas as Letras, uma parceria da CUT, MEC/FNDE, Petrobras, e do governo Federal através do Programa Brasil Alfabetizado, incluindo o apoio da UNESCO, conseguimos formar 15 núcleos espalhados por essas cidades, à maioria dos educandos eram trabalhadores sem terra já assentados e ou em acampamentos espalhados pelas rodovias que ligam essas cidades. Ao final da primeira etapa em outubro de 2005 finalizamos com 10 núcleos, era um trabalho árduo, pois muitos dos educadores abandonavam o trabalho por não entender a proposta diferenciada do projeto, embora tivessem os aportes metodológicos e oficinas pedagógicas, a cada modulo ou eixo temático concluído.  
A capacitação dos coordenadores se dava em São Paulo, juntamente com a equipe pedagógica Estadual da Escola Sindical - CUT- São Paulo e todos os demais coordenadores de núcleos de EJA do Estado e da grande São Paulo. Era um verdadeiro banquete de conhecimento, troca de experiências e angustia enfrentado no processo de emancipação do Projeto Todas as Letras, que tinha como metodologia o Letramento ainda tão pouco entendido e difundido na educação brasileira, naquele momento.
Quando conseguimos assimilar toda a riqueza do projeto e formar novas turmas não conseguimos renová-lo na região de Andradina por divergências sindicais entre a direção da FAF (Federação da Agricultura Familiar). Com isso todos nos saímos perdendo, mas com certeza muito do que aprendi e vivenciei, ainda faz parte da minha pratica pedagógica.
Anexei alguns materiais utilizados ao longo dos dois anos no projeto, não tenho mais contato, e nem informações se o projeto ainda prossegue em outras regiões. Só sei que muitos núcleos de EJA foram formados em empresas, presídios masculino e feminino, populações quilombolas e Caiçara do Vale do Ribeira.
 
 
               Módulo 03 – Unidades 02
               SUJEITOS E SABERES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Antonio Francisco Marques e
Eliana Marques Zanata.
  Estou muito grata pela oportunidade de poder refletir mais profundamente sobre Educação do Campo. Na verdade este tema não é novo para mim, pois desde que me conheço “por gente”, de uma forma ou de outra, sempre estive envolvida com a população rural. Nasci de parto normal, em casa de chão batido e coberto de sapé, e foi meu próprio pai quem cortou o cordão umbilical, com o seu canivete de cortar fumo em corda, já que a única parteira nas proximidades era, exatamente, a parturiente, e também por morar em fazenda de produção agropecuária longe da cidade de Taciba/SP.
No começo meu pai dizia que era difícil conseguir emprego nas fazendas, pois a família crescia a cada ano e meus irmãos eram novos para serem “aproveitado” na lavoura, ou criação de gado, mas com o tempo, o que era um problema, se tornou algo lucrativo para os fazendeiros, pois, pagava por um, e lucrava dois ou três, sem contar às meninas que serviam de empregadas nas sede das fazendas como forma de gentileza ou de agradecimento por “nos fornecer um pedaço de chão pra morar”. Minha mãe afirma que na maioria das fazendas que morou não havia escola, e quando os filhos mais velhos completaram idade de estudar tinham que se deslocar a cavalo ou de charrete até o patrimônio mais perto. E foi assim até virmos para o Mato Grosso do Sul, região de Bataguassú, pois Brasilândia ainda era uma vila, desta vez meu pai não veio como lavrador, e sim como bom carpinteiro que era, trabalhar em uma fazenda muito grande chamada Rochedo, fazendo casas, tulhas, curral, porteiras, e cercarias e nas horas vagas cultivar um pedaçinho de terra para subsistência da família. Meu pai nunca aprendeu a dirigir nem mesmo um trator, mas os filhos tiveram mais “oportunidades” já bem cedo os patrões lhes entregavam tratores para passarem os correntões, derrubando a vegetação nativa e formando novas pastagens ou áreas para o cultivo, já que o solo era bastante fértil.
Desta forma vivi até aos cinco anos, quando mudamos, pela primeira vez, para viver na zona urbana da cidade de Ouro verde, interior do Estado de São Paulo, no entanto, nosso sustento, ainda era tirado do campo: na carpintaria de meu pai, no trabalho de tratorista de meus irmãos, na lavoura de café com as meninas maiores e até as crianças no viveiro de mudas: plantando ou enchendo os balainhos com terra vegetal. Em se tratando de Educação formal, meus irmãos mais velhos foram muito prejudicados, alguns nem se quer terminaram
 4 º ano, outros retornaram muito tempo depois, o antigo MOBRAL, embora não o concluísse.  Somente os mais novos concluíram o ensino básico. E assim, dos 14 filhos de meu pai, a primeira filha a ter um diploma universitário, foi eu.
Gostaria de me desculpar, querida Vanessa por estar escrevendo minha biografia nas atividades propostas, mas é que os assuntos estão realmente tão ligados a minha história que é difícil não ilustrá-lo com fatos vividos por mim. E movida por minha história e de muitos brasileiros, de ontem e de hoje, que ainda não tiveram a oportunidade de sonhar com uma vida plena no campo, de acesso aos meios de produção, tecnologia e de consumo em função de políticas econômicas que só beneficiam as grandes oligarquias, e ou formações de cartéis agrícolas é que sempre estive e estarei apoiando os movimentos sociais por uma Educação no Campo que atenda as peculiaridades, especificidades culturais e espaciais de cada grupo social, valorizando  seus saberes, seu modo de vida, proporcionando-lhes consciência crítica do seu mundo e de seu entorno.

Módulo 03 - Unidades 03
 SUJEITOS E SABERES DA EDUCAÇÃO INDÍGENA
Sergio Augusto Domingues
Gostei muito de estudar esta unidade, tive a oportunidade de relembrar coisas da minha infância, e refletir e fazer inferências sobre um pedaço da história de Brasilândia, cidade que passei toda minha infância, adolescência e um pedaço de minha mocidade, através da historia dos índios Ofayés Xavantes, os legítimos donos deste chão.
Voltei a minha pequena biblioteca particular, uma estante construída de alvenaria para acondicionar meus livros, para procurar o livro que o “Carlito” (DUTRA) me dera no passado, Ofayé Xavantes, ainda estamos vivos! Era como uma viagem no túnel do tempo, minha militância na igreja Cristo Bom Pastor de Brasilândia, e na Diocese de Três Lagoas/MS, as visitas a aldeia na velha Toyota do CIMI, o dinamismo de Ataíde, cacique da aldeia.
Como meus pais e irmãos residem em Brasilândia, estou sempre por lá, então fiz um levantamento informal de como se encontram atualmente os Ofayés. E para meu espanto a situação dos índios não melhorou muito nesses últimos 21 anos, sua cultura e hábitos foram completamente mudados, e sua população, que já eram bastante reduzidas, diminui ainda mais, limitando-se a poucas dezenas. Segundo Abadio Alves Lima, coordenador da SESAI/Brasilândia (Secretaria Estadual de Saúde do Índio), muitas índias uniram-se aos índios Kaiwas, vindo da região de Dourados e Aquidauana para trabalhar na usina de álcool Debrasa, e estes, hoje, são a maioria na aldeia. Outro problema que assola a tribo é o alcoolismo e a droga, que não poupou nem mesmo Ataíde, antigo cacique da aldeia.
 Mas nem tudo é derrota nesta tribo, depois de muitos anos de luta, eles obtiveram, da CESP, como forma de pagamento sócio-ambiental a demarcação de uma área, ainda que pequena, para sua sobrevivência, com mata nativa, e casas construídas de madeiras, respeitando determinação dos índios mais antigos, ou seja, apenas uma entrada e esta dando acesso ao terreiro circular, talvez uma forma de adoração ao sol. Neste sentido os órgãos competentes pecaram em um item importantíssimo para preservação dos costumes e sobrevivência dos índios, a pesca.  Escolheram uma área que não contém rios por perto. Neste projeto de relocação dos índios uma escola foi construída na aldeia, no princípio dos conteúdos não levavam em consideração a cultura e a língua Ofayé, mas segundo o coordenador da SESAI, atualmente os curumins tem os conteúdos também ensinado na língua vernácula da tribo, mas nenhum atendimento educacional para menores de 5 anos e para jovens e adultos na aldeia.

Fiquei muito triste ao saber que o CIMI não tem nenhuma atuação junto aos Ofayés recentemente. E Carlos Alberto Dutra é funcionário público e um ótimo advogado  brasilândense. Gostaria muito que conhecessem um pouco desta cultura, por isso escrevi, anexei e postei um vídeo dos Ofayés.

Módulo 03 – unidades 04
SUJEITOS E SABERES DA EDUCACAO QUILOMBOLA
Dagoberto José Fonseca
Foi uma grande alegria estudar esta unidade e apreender um pouco da riqueza cultural e histórica destes autênticos guerreiros afro-brasileiros. Entretanto, não tinha nenhuma noção que as comunidades quilombolas são desprovidas de  políticas publicas que atendam deste de a pré-escola até a conclusão do 2º grau em pleno século XXI.
Concordo plenamente que todo currículo e prática pedagógica têm que ser valorizada a realidade da comunidade, levando-se em conta os aspectos históricos, antropológicos, demográficos, territoriais e até jurídicos que os envolve principalmente numa comunidade quilombola que foi e se mantém viva, através das praticas culturais passadas de pai para filho por meios de prosas, mitos, histórias, lendas, culinárias e ritos religiosos.  



domingo, 20 de fevereiro de 2011

meu diario de bordo, curso: EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA


Módulo 2 - Unidade 1
Fundamentos para Educação na Diversidade.


Clodoaldo Meneguello Cardoso


Nesta unidade, Fundamentos para Educação na Diversidade, compreendi a importância de nos reciclarmos, quebrar paradigmas sociais e até de estabelecer, através de nossa vivência, uma relação direta, do tipo de educação recebemos ao longo de nossa existência e consequentemente a reproduzimos as futuras gerações, seja como mãe ou educadora.

Ao longo do estudo pude refletir com ajuda dos textos subsidiários, fotos, links da internet a luta de varias pessoas e grupos para suas emancipações sóciopolíticos, como por exemplo, dos movimentos hippie dos anos 60, cujo ideal era acreditar na paz como maneira de resolver as diferenças entre os povos, ideologia e a tolerância, e de Mahatma Gandhi que liderou o movimento de resistência pacífica invocando a independência nacional da Índia. Grandes pensadores também contribuíram para uma educação na diversidade sob pitares da cultura da paz, entre eles destaco dois dos meus preferidos um brasileiro, Paulo Freire e outro suíço, Jean Jacques Rousseau, ambos acreditaram, lutaram e nos deixaram uma vasta bibliografia, alertando que a educação é um processo e um ato político, e tem na sociedade seu maior laboratório para a construção do conhecimento em todas as etapas da vida humana.

Outra coisa que gostei muito neste estudo, foi da oportunidade de voltar ao passado e perdoar a mim e meus familiares pelo tipo de educação recebida, calcada sob a égide da tolerância e intolerância ruins, me lembro como se fosse hoje, quando conclui a 4ª série em escola municipal e queria estudar a 5ª série na escola do Estado, minha mãe simplesmente não me matriculou, pois ela acreditava que aquela escola era para rico, porque tinha que comprar o uniforme e os materiais didáticos (lápis, caderno, borracha entre outros), e até aquele momento o município doava as famílias que comprovavam atestado de pobreza. Então não estudei até completar 13 anos e poder eu mesmo me matricular a noite no ginásio e trabalhar durante o dia para manter e ajudar no orçamento doméstico.

Estou muito feliz por essa oportunidade. 

Módulo 2 - Unidade 2
Valores e Educação – Clodoaldo Meneguello Cardoso



Nesta unidade aprendi muito sobre valores e educação, sobre a importância da psicologia na formação do caráter desde a infância.

Cardoso faz uma analise histórica das lutas pela construção de uma sociedade sobre os tripés da igualdade, liberdade e solidariedade. Solidificada através de uma Educação fundamentada em Direitos Humanos e solidificada na dignidade humana.

Muitos já são as conquista nesta área, principalmente no que se refere a legislação, o que tem que mudar e já esta mudando, e a cultura da impunidade instalado no Brasil. Importantes órgãos de defesa têm trabalhado em todo mundo para garantia desses direitos, como os Centro de Defesa dos Direitos Humanos da ONU. Que atuam sem fronteiras em favor das vitimas da fome, da miséria, da guerra, do trabalho escravo, do menor ente outros.

Outra ferramenta que gostei muito nesta unidade, foi o fórum, que ajuda a refletir e fomentar as discussões.




Módulo 2 - Unidade 3
O Direito de Aprender de Todos e de Cada Um –

Vera Lucia Messias Capellini.

Esta unidade para mim, foi a que mais exigiu minha atenção e concentração, precisei lê-la pelo menos cinco vezes e procurando mais subsídios nos textos de apoio para conseguir cumprir, ainda que no período de recuperação, a atividade proposta.

Foi realmente um parto, ou seja, maiêutica pura, refleti um pouco mais, sobre o só sei, que nada sei, vi que tenho limitações e muitas, mas devagar pode ser superada.