sexta-feira, 25 de março de 2011

CHICO MENDES

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Este artigo ou secção possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade.
Tenha algum cuidado ao ler as informações contidas nele. Se puder, tente tornar o artigo mais imparcial.
(Justifique o uso desta marca na discussão do artigo) Chico Mendes

Chico Mendes
Nome completo Francisco Alves Mendes Filho
Nascimento 15 de Dezembro de 1944
Xapuri, Acre
Brasil
Morte 22 de dezembro de 1988 (44 anos)
Xapuri, Acre/Brasil
Ocupação seringueiro, sindicalista e ativista ambiental
Página oficial: Página do comitê Chico Mendes
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como "Chico Mendes" (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, 22 de dezembro de 1988), foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutava pela preservação da Amazônia e ficou mundialmente conhecido por causa de sua morte.
Índice [esconder]
1 Biografia
1.1  Revisão de pena
1.2    2 A história recontada na TV, no cinema e na música
1.3    3 Legado
1.4     Ligações externas
1.5    5 Referências
1.6    [editar] Biografia

Chico Mendes,ainda criança,começou seu aprendizado do ofício de seringueiro, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 19 e 20 anos, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades. [1]
Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do recém-fundado Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.
Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.
Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.
Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) apresentam reivindicações durante 2º Encontro Nacional, em BrasíliaChico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região. Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.
Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.
Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.
Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.
Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.
Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.
Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que por várias vezes denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de perder a vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.
Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía de casa para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia, e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção. Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente. Em 1992 foi reconhecida através de exames de DNA uma terceira filha.
Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comitê Chico Mendes". Eles exigiam providencias e através de articulação nacional e internacional pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido. Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e 8 meses de prisão.
[editar] Revisão de pena
Em dezembro de 2007, uma decisão da juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi concedeu ao fazendeiro Darly Alves da Silva prisão domiciliar até março de 2008. Darly havia sido recolhido ao cárcere de Rio Branco em agosto de 2006, depois de ter sido julgado e condenado em júri popular e famoso como mandante do crime[2]
[editar] A história recontada na TV, no cinema e na música
Em "Chico Mendes - Um Povo da Floresta", documentário dirigido pelo Jornalista Edilson Martins, lançado em 1989, Chico Mendes deu um de seus últimos depoimentos, contando ao mundo a luta dos seringueiros contra o avanço dos fazendeiros pecuaristas na amazônia, explicando a tática de enfrentamento, os empates, em que homens, mulheres e crianças se jogavam na frente dos tratores e das motoserras para evitar o desmatamento. O próprio Chico diz na entrevista que sua morte era questão de tempo. Em [[1989], o cantor Jessé gravou uma música ao seringueiro pelo título de "Chico Mendes" Em [[1989], o cantor Paul McCartney, ex-beatles,lança seu CD solo denominado Flowers In The Dirt, que contém a música How Many People, dedicada em memória de Chico Mendes.
Em 1989, a cantora Simone interpreta Louvor a Chico Mendes [3] [4]. No disco Vício a homenagem a Chico Mendes é uma gravação ao vivo de Simone com Caprichosos de Pilares.
Em "Amazônia em Chamas", lançado em 1994 pela Warner Bros associada à produtora HBO Pictures, Chico Mendes é representado pelo ator Raúl Juliá.
Em Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, minissérie escrita por Glória Perez e produzida pela Rede Globo em 2007, o ator Cássio Gabus Mendes interpreta o papel de Chico Mendes adulto.
Em 1990, o cantor de MPB Zé Geraldo lançou o disco "Viagens & Versos", cuja a canção "O Seringueiro" conta a história de Chico Mendes.
Em 1995, o grupo de pop rock mexicano Maná lançou o disco "Cuando los ángeles lloran", cuja canção-título é uma homenagem a Chico Mendes.
Em 1996, A Banda de Thrash Metal Brasileira Sepultura, lançou o disco ROOTS que tem a faixa Ambush, onde é contada a estória do líder seringueiro Chico Mendes
[editar] Legado
Como resultado da luta de Chico Mendes, o Brasil tinha, em 2006, 43 reservas extrativistas (Resex) que abrangiam 8,6 milhões de hectares e abrigavam 40 mil famílias. Este tipo de Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável garante legalmente a preservação dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, a manutenção da atividade econômica e a posse coletiva da terra pelas populações tradicionais (seringueiros, castanheiros, babaçueiros, caiçaras etc). A criação de uma Resex e a regularização fundiária estabelecida por ela, permitem a esses grupos ter acesso a financiamento agrícola, programas de segurança alimentar e investimentos na comercialização de seus produtos. Também fica mais fácil conseguir a construção de escolas e postos de saúde. [5]
Em 1989, o Grupo Tortura Nunca Mais, uma ONG brasileira de direitos humanos, criou o prêmio Medalha Chico Mendes de Resistência, uma homenagem não só ao próprio Chico Mendes, mas também a todas as pessoas ou grupos que - segundo a entidade - lutam pelos direitos humanos. O prêmio é entregue todos os anos e personalidades como Dom Paulo Evaristo Arns, Jaime Wright, Luísa Erundina, Hélio Bicudo, Paulo Freire, Barbosa Lima Sobrinho, Herbert de Sousa, Alceu Amoroso Lima, Luís Fernando Veríssimo, Zuzu Angel, Oscar Niemeyer, Brad Will e organizações como a Human Rights Watch, Anistia Internacional, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Centro de Mídia Independente (CMI) e a Comissão de Justiça e Paz de São Paulo já receberam a homenagem. [6]
Em 10 de dezembro de 2008, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou, em Rio Branco, no Acre, a condição de anistiado político post-mortem de Chico Mendes. O pedido de anistia havia sido protocolado pela viúva Ilzamar Mendes em 2005. [7]
Elenira, filha de Chico Mendes, criou uma ONG chamada Instituto Chico Mendes, para projetos sociais e ambientais. Em 2009, o Ministério Público do Acre propôs uma ação de improbidade administrativa contra ela e sua mãe, Ilzamar, viúva de Chico Mendes, por desvio de verbas recebidas do governo do Acre, que em três anos totalizaram 685 mil, sendo que Ilzamar foi acusada pela própria irmã de ser funcionária fantasma da ONG.[8]
Em 2007 foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, autarquia federal responsável pela gestão das unidades de conservação federais no Brasil.
[editar] Ligações externas
Página do comitê Chico Mendes
15 anos depois, Darly nega a autoria do assassinato
Página sobre a Medalha Chico Mendes de Resistência no site oficial do grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro
Vídeo da cerimônia de entrega da Medalha Chico Mendes de Resistência de 2008
A Floresta e seus Povos, artigo sobre o Congresso dos Povos da Floresta 1989
Chico Mendes group on Face Book
Página do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio]
Referências
↑ Chico Mendes - Líder sindical seringalista, ativista ambiental brasileiro
 Mandante da morte de Chico Mendes volta a Xapuri
 Música Brasileira.org
Letras, Terra
 Empresa e ONG tentam impedir criação de Resex na Terra do Meio
 Chico Mendes será anistiado político. Jornal O Globo, Seção

Escravidão Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A escravidão (denominada também escravismo, escravagismo e escravatura) é a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, sexo, a idade, a procedência e o destino.
O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Não era em todas as sociedades que o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, haja vista que os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou comprados, isto pois ele eram propriedade do Estado espartano, que podia conceder a proprietários o direito de uso de alguns hilotas; mas eles não eram propriedade particular, não eram pertencentes a alguém, o Estado que tinha poder sobre eles. A escravidão da era moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior, embora já na Antiguidade as diferenças raciais fossem bastante exaltadas entre os povos escravizadores, principalmente quando havia fortes disparidades fenotípicas. Na antiguidade também foi comum a escravização de povos conquistados em guerras entre nações. Enquanto modo de produção, a escravidão assenta na exploração do trabalho forçado da mão-de-obra escrava. Os senhores alimentam os seus escravos e apropriam-se do produto restante do trabalho destes.
A exploração do trabalho escravo torna possível a produção de grandes excedentes e uma enorme acumulação de riquezas, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e cultural que a humanidade conheceu em dados espaços e momentos: construíram-se diques e canais de irrigação, exploraram-se minas, abriram-se estradas, construíram-se pontes e fortificações, desenvolveram-se as artes e as letras. Nas civilizações escravagistas, não era pela via do aperfeiçoamento técnico dos métodos de produção (que se verifica aquando da Revolução Industrial) que os senhores de escravos procuravam aumentar a sua riqueza; e os escravos, sem qualquer interesse nos resultados do seu trabalho, não se empenhavam na descoberta de técnicas mais produtivas.
Opinião oposta sobre a produtividade do escravo teve o economista Molinaire, citado pelo deputado Pedro Luís, na sessão de 10 de maio de 1888, na Câmara dos Deputados do Brasil:
Molinaire diz que, em geral, o trabalho do liberto é um terço menos produtivo que o trabalho do escravo, sendo necessários dez libertos para os serviços que eram feitos por sete escravos. Dá as razões deste fato e conclui que, na melhor das hipóteses, continuando os libertos todos nos estabelecimentos rurais, teremos uma diferença de 1/3 para menos na produção!
— Deputado Geral Pedro Luís Índice [esconder] 1 História 1.1 Escravidão na Antiguidade 1.2 Escravidão na América Pré-Colombiana 1.3 Escravidão moderna e contemporânea 2 Escravidão no mundo 2.1 A escravidão na Bíblia 2.2 A escravidão e os negros vistos pela Igreja Católica 2.3 África 2.4 Brasil 2.4.1 O dia a dia do escravo 2.4.2 Aculturação e miscigenação 2.4.3 Rebeliões e mobilização pelo fim da escravidão 2.4.4 O fundamento econômico da escravidão 2.5 Estados Unidos da América 2.6 Portugal 3 Fim da escravidão 4 Escravidão no mundo contemporâneo ou Escravidão branca 5 Referências 6 Bibliografia 7 Ver também 8 Ligações externas
[editar] História Ver artigo principal: História da escravidão Há diversas ocorrências de escravatura sob diferentes formas ao longo da história, praticada por civilizações distintas. No geral, a forma mais primária de escravatura se deu na medida em que povos com interesses divergentes guerrearam, resultando em prisioneiros de guerra. Apesar de na Idade Antiga ter havido comércio de escravos, não era necessariamente esse o fim reservado a esse tipo de espólio de guerra. Ademais, algumas culturas com um forte senso patriarcal reservavam à mulher uma hierarquia social semelhante ao do escravo, negando-lhe direitos básicos que constituiriam a noção de cidadão.
[editar] Escravidão na Antiguidade
Escravidão na Antiguidade, Escravidão na Roma Antiga A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos.
Na civilização grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.
No Império Romano o aumento de riqueza realizava-se mediante a conquista de novos territórios, capazes de fornecer escravos em maior número e mais impostos ao fisco. Contudo arruinavam os pequenos proprietários livres que, mobilizados pelo serviço militar obrigatório, eram obrigados a abandonar as suas terras, das quais acabavam por ser expulsos por dívidas, indo elas engrossar as grandes propriedades cultivadas por mão-de-obra escrava.
As novas conquistas e os novos escravos que elas propiciavam começaram a ser insuficientes para manter de pé o pesado corpo da administração romana. os conflitos no seio das classes de homens livres começam a abalar as estruturas da sociedade romana, com as lutas entre os patrícios e a plebe, entre latifundiários e comerciantes, entre colectores de impostos e agricultores arruinados, aliados aos proletarii das cidades. Ao mesmo tempo começa a manifestar-se o movimento de revolta dos escravos contra os seus senhores e contra o sistema esclavagista, movimento que atingiu o ponto mais alto com a revolta de Espártaco (73-71 a.C.). Desde o século II a necessidade de ter receitas leva Roma a organizar grandes explorações de terra e a encorajar a concentração das propriedades agrícolas, desenvolvendo o tipo de exploração esclavagista.
Generaliza-se o pagamento em espécie aos funcionários com Diocleciano, utilizando o Estado directamente os produtos da terra, sem os deixar passar pelo mercado, cuja importância diminui, justificando a tendência dos grandes proprietários para se constituírem em economias fechadas, de dimensões cada vez maiores, colocando-se os pequenos proprietários sob a asa dos grandes. Em troca da fidelidade e da entrega dos seus bens, os camponeses mais pobres passavam a fazer parte da família dos grandes donos que se obrigavam a protegê-los e a sustentá-los. deste modo, de camponeses livres transformavam-se em servos, começando a delinear-se assim os domínios senhoriais característicos da Idade Média.
[editar] Escravidão na América Pré-Colombiana Ver artigo principal: América Pré-Colombiana Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos não eram obrigados a permanecer como tais durante toda a vida. Podiam mudar de classe social e normalmente tornavam-se escravos até quitarem dívidas que não podiam pagar. Eram empregados na agricultura e no exército. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantavam para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres.
[editar] Escravidão moderna e contemporânea Ver artigo principal: Escravidão moderna No Brasil, a escravidão começou com os índios. Os índios escravizavam prisioneiros de guerra muito antes da chegada dos portugueses; depois da sua chegada os índios passaram a comerciar seus prisioneiros com os europeus. Mais tarde os portugueses recorreram aos negros africanos, que foram utilizados nas minas e nas plantações: de dia faziam tarefas costumeiras, à noite carregavam cana e lenha, transportavam formas, purificavam, trituravam e encaixotavam o açúcar.
O comércio de escravos passou já tinha rotas intercontinentais na época do al-Andalus e mesmo antes durante o Império Romano. Criam-se novas rotas no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, nos casos em que os povos locais não se prestavam a suprir as necessidades de mão-de-obra dos colonos, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente da África.
Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus. Em alguns territórios brasileiros, o índio chegou a ser mais fundamental que o negro, como mão-de-obra. Em São Paulo, até ao final do século XVII, quase não se encontravam negros, dado a pobreza de sua população que não dispunha de recursos financeiros para adquirirem escravos africanos, e os documentos da época que usavam o termo "negros da terra" referiam-se na verdade aos índios, os quais não eram objeto de compra e venda, só de aprisionamento, sendo proibido inclusive que se fixasse valor para eles nos inventários de bens de falecidos. Esta posição fora defendida pelos Jesuitas no Brasil, o que gerou conflitos com a população local interessada na escravatura, culminando em conflito, na chamada "A botada dos padres fora" em 1640.
Com o surgimento do ideal liberal e da ciência economica na Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e moralmente incorreta. Em 1850, no Brasil, pela Lei Eusébio de Queirós, passou-se a punir os traficantes de escravos, de modo a que nenhum escravo mais entrasse no país; em 1871 foi sancionada a Lei do Ventre Livre que declarava livre os filhos de escravos nascidos a partir daquele ano, e em 1885 a Lei dos sexagenários, que concedia liberdade aos maiores de 60 anos. E mais tarde fez surgir o abolicionismo, em meados do século XIX. Em 1888, quando a escravidão foi abolida no Brasil,pela Lei Áurea, ele era o único país ocidental que ainda mantinha a escravidão legalizada. A Mauritânia foi, em 9 de novembro de 1981, o último país a abolir, na letra da lei, a escravatura, pelo decreto de número 81.234.
A escravidão é pouco produtiva porque, como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que isto não irá resultar em um incremento no bem-estar material de si mesmo.[carece de fontes?]
Segundo a National Geographic, há mais escravos hoje do que o total de escravos que, durante quatro séculos fizeram parte do tráfico transatlântico.[2] Embora, as denuncias de trabalho escravo no Brasil e em outros países têm sentido metafórico, já que se trata de proibição de sair os empregados de fazendas, mas não se trata de compra e venda de pessoas como ocorria no tempo da escravidão negra.
[editar] Escravidão no mundo A escravidão foi praticada por muitos povos, em diferentes regiões, desde as épocas mais antigas. Eram feitos escravos em geral, os prisioneiros de guerra e pessoas com dívidas, mas posteriormente destacou-se a escravidão de negros. Na idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão. Desenvolvendo-se então um cruel e lucrativo comércio de homens, mulheres e crianças entre a África e as Américas. A escravidão passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença da suposta superioridade racial e cultural dos europeus. Chama-se de tráfico negreiro o transporte forçado de africanos para as Américas como escravos, durante o período colonialista.
[editar] A escravidão na Bíblia A bíblia traz vários preceitos sobre escravos. Deuteronômio 23:16 proibe entregar um escravo fugitivo. Dt 23:17 proibe enganar um escravo fugitivo. Levítico 25:39 proibe utilizar um escravo hebreu em tarefas degradantes. Levítico 25:42 proibe vender um escravo hebreu em leilão. Levítico 25:43 proibe utilizar um escravo hebreu para trabalho desnecessário. Lev. 25:53 proibe que se maltrate um escravo hebreu. Êxodo 21:8 proibe a venda de escrava hebréia e proibe privações a uma escrava hebréia que se desposou. Dt. 21:14 proibe escravizar uma prisioneira depois de tê-la tomado. Êxodo 20:17 ordena: "Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava".
A Torá também prescreve: Em Ex. 21:2 que quando um escravo hebreu deve ser alforriado 7 anos depois da compra. Em Ex: 21:8 ordena que se a escrava hebréia não agradar ao senhor que prometeu desposá-la, ele terá que permitir seu resgate. Em Lev. 25:46 e em Ex 21:26 diz que um escravo cananeu deve ser escravo para sempre salvo se "se alguém ferir o olho do seu escravo, e ele perder a vista, o escravo terá de ser libertado como pagamento pelo olho perdido" . Em Êx. 21:7 se ordena que "Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como saem os escravos".
[editar] A escravidão e os negros vistos pela Igreja Católica A Igreja Católica Romana via, em geral, os negros trazidos para a América como suscetíveis de cristianização, tendo assim escrito o Papa Nicolau V na bula pontifícia "Romanus Pontifex", de 8 de janeiro de 1455:
o    Desde então, além disso, muitos homens da Guiné (a África) e outros negros, tomados à força, e alguns pela permuta de artigos não proibidos, ou por outros contratos legais de compra, têm sido enviados para os ditos reinos (da América). Um grande número destes tem sido convertidos à fé Católica, e isso é desejável, através do socorro da misericórdia divina, e se tal progresso for continuado com eles, também aqueles povos serão convertidos para a fé ou pelo menos as almas de muitos deles serão ganhas para Cristo.
[editar] África Ver artigo principal: Escravidão na África As primeiras excursões portuguesas à África foram pacíficas (o marco da chegada foi a construção da fortaleza de S. Jorge da Mina, em Gana, em 1482). Portugueses muitas vezes se casavam com mulheres nativas e eram aceitos pelas lideranças locais. Já em meados da década de 1470 os "portugueses tinham começado a comerciar na Enseada do Benim e frequentar o delta do rio Níger e os rios que lhe ficavam logo a oeste", negociando principalmente escravos.
Os investimentos na navegação da costa oeste da África foram inicialmente estimulados pela crença de que a principal fonte de lucro seria a exploração de minas de ouro, expectativa que não se realizou. Assim, consta que o comércio de escravos que se estabeleceu no Atlântico entre 1450 e 1900 contabilizou a venda de cerca de 11 313 000 indivíduos (um volume que tendo a considerar subestimado).
Em torno do comércio de escravos estabeleceu-se o comércio de outros produtos, tais como marfim, tecido, tabaco, armas de fogo e peles. Os comerciantes usavam como moeda pequenos objetos de cobre, manilhas e contas de vidro trazidos de Veneza. Mas a principal fonte de riqueza obtida pelos europeus na África foi mesmo a mão-de-obra barata demandada nas colônias americanas e que pareceu-lhes uma boa justificativa para os investimentos em explorações marítimas que, especialmente os portugueses, vinham fazendo desde o século XIV. Dessa forma, embora no século XV os escravos fossem vendidos em Portugal e na Europa de maneira geral, foi com a exploração das colônias americanas que o tráfico atingiu grandes proporções.
Entre o século XVI e o século XVIII estima-se que cerca de 1,25 milhões de Europeus cristãos foram capturados por piratas e forçados a trabalhar no Norte de África. Esta época foi particularmente marcada pelo reinado de Moulay Ismail.
[editar] Brasil Ver artigo principal: Escravidão no Brasil
Jean-Baptiste Debret (1768-1848) foi um dos principais pintores das condições dos escravos no Brasil ImperialA primeira forma de escravidão no Brasil foi dos gentios da terra ou negros da terra, os índios especialmente na Capitania de São Paulo onde seus moradores pobres não tinham condições de adquirir escravos africanos, nos primeiros dois séculos de colonização. A Escravização de índios foi proibida pelo Marquês de Pombal. Eram considerados pouco aptos ao trabalho.
No Brasil, a escravidão africana teve início com a produção canavieira na primeira metade do século XVI como tentativa de solução à "falta de braços para a lavoura", como se dizia então. Os portos principais de desembarque escravos eram: no Rio de Janeiro, na Bahia negros da Guiné, no Recife e em São Luís do Maranhão.
Os portugueses, brasileiros e mais tarde os holandeses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de rapadura do Nordeste. Os comerciantes de escravos vendiam os africanos como se fossem mercadorias, as quais adquiriam de tribos africanas que haviam feito prisioneiros. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos. Eram mais valorizados, para os trabalhos na agricultura, os negros Bantos ou Benguela ou Bangela ou do Congo, provenientes do sul da África, especialmente de Angola e Moçambique, e tinham menos valor os vindo do centro oeste da África, os negros Mina ou da Guiné, que receberam este nome por serem embarcados no porto de São Jorge de Mina, na atual cidade de Elmina, e eram mais aptos para a mineração, trabalho o qual já se dedicavam na África Ocidental. Por ser a Bahia mais próxima da Costa da Guiné (África Ocidental) do que de Angola, a maioria dos negros baianos são Minas.
Como eram vistos como mercadorias, ou mesmo como animais, eram avaliados fisicamente, sendo melhor avaliados, e tinham preço mais elevado, os escravos que tinham dentes bons, canelas finas, quadril estreito e calcanhares altos, em uma avaliação eminentemente racista. O preço dos escravos sempre foi elevado quando comparado com os preços das terras, esta abundante no Brasil. Assim, durante todo o período colonial brasileiro, nos inventários de pessoas falecidas, o lote (plantel) de escravos, mesmo quando em pequeno número, sempre era avaliado por um valor, em mil-réis, muito maior que o valor atribuído às terras do fazendeiro. Assim a morte de um escravo ou sua fuga representava para o fazendeiro uma perda econômica e financeira imensa.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, no começo muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Por isso o cuidado com o transporte de escravos aumentou para que não houvesse prejuízo. As condições da tripulação dos navios não era muito melhor que a dos escravos.
A escravidão no Brasil levou a formação de muitos quilombos que traziam insegurança e frequentes prejuízos a viajantes e produtores rurais. Em Minas Gerais, por exemplo, em torno da Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, único acesso ao atual centro oeste do Brasil, o Quilombo do Ambrósio, o maior de Minas Gerais foi assim descrito por Luís Gonzaga da Fonseca, em sua "História de Oliveira":
"Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, minçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada ("Caminho de Goiás" ou "Picada de Goiás"). Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do rio das mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boidadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, mantando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. Em terras oliveirenses açoitava-se grande parte dessa nação de “caiambolas organizados” nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território (de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio e o negro Canalho."
[editar] O dia a dia do escravo Nas fazendas de cana ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, de quatorze a dezesseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia). Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas.
Eram constantemente castigados fisicamente (quando um escravo se distraía no trabalho ou por outros motivos, eram amarrados em um tronco de árvore e açoitados, as vezes, até perderem os sentidos); torturando-os fisicamente e psicologicamente, os senhores e seus algozes buscavam destruir os valores do negro e forçá-lo a aceitar a idéia da superioridade da raça branca sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia. Além de todos esses castigos havia uma máscara que impedia os escravos de beberem e fumarem deixando os vícios; essa máscara era chamada de "máscara de folha de flandres".
A pena de açoite para o escravo só foi abolida por lei imperial de 1885, pouco antes da Lei Áurea.
[editar] Aculturação e miscigenação Grande parte dos escravos negros foram assimilados culturalmente assumindo a religião católica especialmente os provenientes de Angola e Moçambique, enquanto a maioria dos escravos embarcados no porto do Castelo de São Jorge da Mina, na atual Elmina, em Gana, e que se fixaram no nordeste do Brasil, especialmente na Bahia, permaneceram com suas religiões africanas.
Era usual na época da escravidão, fazendeiros ou seus filhos homens terem filhos com escravas, donde se originou grande parte da população mestiça brasileira, na época, chamados de pardos. Foram porém raríssimos os casos de mulheres brancas terem filhos com escravos.
[editar] Rebeliões e mobilização pelo fim da escravidão Ex-escravos fundaram sociedades secretas que financiavam as revoltas, as fugas e os escravos de origem africana começaram a atuar publicamente contra a escravidão. Depois que o Brasil virou república os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Escravos refugiados em quilombos atacavam fazendas, tornando a escravidão um perigo para os próprios fazendeiros.
Com o fim do tráfico de escravos para o Brasil proibido que foi pela lei Eusébio de Queirós e a varíola que matava muitos escravos, seu preço se tornou proibitivo para pequenos e médios fazendeiros. Os grandes fazendeiros, por outro lado, passaram a recorrem à mão-de-obra de imigrantes, bem mais barata, resolvendo assim, o problema secular da "falta de braços para a lavoura".
[editar] O fundamento econômico da escravidão Vale lembrar que a escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava lucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes. Até 1850, a economia era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo. O cativo estava na base de toda a atividade, desde a produção do café, açúcar, algodão, tabaco, transporte de cargas, às mais diversas funções no meio urbano: carpinteiro, pintor, pedreiro, sapateiro, ferreiro, marceneiro, entre outras, embora várias dessas profissões fossem exercidas principalmente por cristãos-novos.
[editar] Estados Unidos da América Ver artigo principal: Escravidão nos Estados Unidos da América
"Patrulhadores de escravos", compostos majoritariamente de brancos pobres, tinham a autoridade de parar, revistar, torturar e até matar escravos que violassem os códigos do escravo americano. Acima, caricatura nortista dos patrulheiros capturando um escravo fugitivo, em um almanaque abolicionista.A história da escravidão nos Estados Unidos da América inicia-se no século XVII, quando práticas escravistas similares aos utilizados pelos espanhóis e portugueses em colônias na América Latina, e termina em 1863, com a Proclamação de Emancipação de Abraham Lincoln, realizada durante a Guerra Civil Americana. Apesar de o tráfico de escravos ter sido proibido em 1815, o contrabando continua até o ano de 1860, enquanto no norte crescia a campanha pela abolição. A guerra civil que se segue deixa um saldo de centenas de milhares de mortos e uma legião de negros marginalizados. Nenhum programa governamental é previsto para sua integração profissional e econômica. O sul permanece militarmente ocupado até 1877, favorecendo o surgimento de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Ku Klux Klan, que empregam a violência para perseguir os negros e defender a segregação racial.
[editar] Portugal Na época anterior à formação de Portugal como reino existe registo da prática de escravatura pelos Romanos, pelos Visigodos e durante o Al-Andaluz a escravidão dos cristãos capturados e dos Saqaliba. Depois da independência de Portugal tem-se conhecimento de ataques de piratas normandos a vilas costeiras, das razias que Piratas da Barbária faziam entre a população costeira e das ilhas. As vilas ficavam geralmente desertas e a população era vendida no mercado de escravos do norte de África. Havia chefes corsários que vinham do norte de África até à península que eram elches, "renegados" da fé cristã ou mouriscos capturados que mudavam de "lado". Os prisioneiros de guerra capturados na península tornavam-se escravos. Só em 6 de julho de 1810 com a assinatura do primeiro tratado luso-argelino de tréguas e resgate, confirmado em 1813, com a assinatura do Tratado de Paz, acabou a razia nas vilas costeiras de Portugal e captura de portugueses para a escravatura no norte de África.
Antes de 1415, através do resgate de cativos portugueses fizeram-se os primeiros contactos com comércio de escravos na cidade de Ceuta. Resgatar familiares era obrigação cujo descumprimento poderia originar pesadas penas. As igrejas mantinham caixinhas de peditório para resgate dos cativos. Crianças e mulheres tinham prioridade de serem resgatadas.
Quando em 1415 Portugal conquistou Ceuta havia aí um importante centro comercial onde confluíam rotas de escravos trazidos da África subsariana por comerciantes beduínos. A conquista de Ceuta pelos portugueses, levou os traficantes de escravos a desviar as suas rotas de comércio para outras cidades. Ceuta perdeu então importância comercial, mas tornou-se importante ponto estratégico-militar de vigilância ao comércio de outras mercadorias entre as costas europeias do Atlântico e a península itálica. Com a presença portuguesa no ocidente do Norte de África, o comércio de escravos não mais recuperou a importância que havia tido sob o domínio muçulmano.
Os portugueses, nas viagens que fizeram ao longo da costa na direcção do sul de África, contactaram também aí com o comércio de escravos. O primeiro lote de escravos africanos transportados para Portugal foram os que a tripulação do navegador Antão Gonçalves comprou na costa do Argüim (hoje Mauritânia) em 1441. Quando, passado cerca de meio século, os primeiros Portugueses começaram a chegar à Guiné, contactaram também com o tráfico negreiro aí existente, mas nessa altura o objectivo dos portugueses era já a Índia das especiarias. O desenvolvimento do comércio de escravos, com envolvimento de portugueses, só veio a acontecer no século XVII em competição com holandeses, ingleses e franceses, vindo a ter o seu auge no Século XVIII com o comércio dos escravos africanos para o Brasil.
No entanto, o corpo legislativo emanado das chancelarias régias portuguesas é abundante em diplomas destinados a reprimir a escravatura e a proteger os indígenas: provisões de D. João II, de 5 de Abril e 11 de Junho de 1492, e alvarás de 18 de Julho e 10 de Dezembro de 1493; a célebre lei de 20 de Março de 1570 sobre "a liberdade dos gentios das terras do Brasil, e mais Conquistas"; a provisão de 20 de Setembro de 1570, onde o rei D. Sebastião ordena que "Portugues algum nam possa resgatar nem catiuar Iapão; e sendo caso, que resgatem, ou catiuem alguns dos ditos Iapões, os que assim forem resgatados, ou catiuos, ficaram livres…". Os alvarás de 5 de Junho de 1605, de 3 de Julho de 1609, e o alvará com força de lei de 8 de Maio de 1758, vão no mesmo sentido.[3]
No século XVIII foi aliás Portugal a tomar a dianteira na abolição da escravatura. Decorria o Reinado de D. José I quando, em 12 de Fevereiro de 1761, esta foi abolida pelo Marquês de Pombal no Reino/Metrópole e na Índia.
No Século XIX, em 1836, o tráfico de escravos foi abolido em todo o Império. Os primeiros escravos a serem libertados foram os do Estado, por Decreto de 1854, mais tarde, os das Igrejas, por Decreto de 1856. Com a lei de 25 de Fevereiro de 1869 proclamou-se a abolição da escravatura em todo o Império Português, até ao termo definitivo de 1878. [1]
[editar] Fim da escravidão Ver artigo principal: Abolicionismo Ainda que outras formas de escravidão ainda persistam no mundo contemporâneo, chama-se de abolicionismo o movimento político que visou a abolição da escravatura e do tráfico de escravos que existia abertamente, tendo suas origens durante o Iluminismo no século XVIII. Tal movimento se tornou uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até à actualidade.
[editar] Escravidão no mundo contemporâneo ou Escravidão branca Ver artigo principal: Escravidão moderna Pela letra da lei a escravidão é extinta. O último país a abolir a escravidão foi a Mauretânia em 1981. Porém a escravidão continua em muitos países, porque as leis não são aplicadas. Elas foram somente feitas pela pressão de outros países e da ONU, mas não representam a vontade do governo do respectivo país. Hoje em dia tem pelo menos 27 milhões escravos no mundo.[2]
Principalmente em países árabes e outros países muçulmanos existem ainda escravos tradicionais.[4] A caça de escravos negros, visando a capturação de moças e crianças bonitas para serem escravas domesticas ou ajudantes para vários trabalhos, existe principalmente no Sudão.
Na escravatura branca (tráfico humano para a prostituição forçada) se encontram presas milhões de moças, principalmente de regiões pobres como Ucrânia, Moldávia, Rússia, África, Índia e países onde a prostituição tem tradicionalmente muito peso, como a Tailândia e as Filipinas. As meninas são aliciadas com falsas promessas, vendidas e tem que prostituir-se até a divida (o preço pelo compra e adicionais) é paga. Muitas vezes a prostituta escravizada é vendida a seguir e tudo começa de novo.
Existe também um semelhante tráfego com crianças, que trabalham como escravos em outros países. Muitas vezes eles são mutilados e obrigadas a mendigar e entregar tudo aos seus donos.
Além disso existem várias outras formas de escravidão. Os preços variam muito. Enquanto moças bonitas vendidas para países rendem até 20 mil dólares, se compra as vezes crianças e mocinhas adolescentes na Moldávia, sul da Índia, Paquistão ou China em orfanatos ou de famílias pobres por menos de 100 dólares.
Nessas estatísticas nem são contadas milhões de mulheres e meninas, que pela tradição ou até as leis em muitos países muçulmanos e outras regiões são consideradas propriedade de seus maridos ou pais.
Alguns analistas entendem que os regimes ditatoriais como os da Coreia do Norte e Cuba seriam regimes de escravidão pois os trabalhadores produzem em benefício de um grupo que não pode ser retirado de sua posição de poder dominante, fazendo este serviço em troca de comida (ração fornecida pelo estado totalitário) sem poder ter outra opção, pois em caso de algum desacordo com os representantes do regime no local de trabalho ele ficaria sem a sua cota de alimento ou muito provavelmente seria preso e executado.
Referências ↑ Twentieth Century Solutions of the Abolition of Slavery ↑ a b 21 st century slaves ↑ Hipólito Raposo, Pedras para o Templo, Porto, Livraria Civilização, 1933, pp. 43-44 ↑ Slavery in Islam(Escravidão no Islã) e Escravidão no Islã [editar] Bibliografia FLORENTINO, Manolo. Ensaios sobre escravidão. Minas Gerais: UFMG, 2003. ISBN 8570413661 MELTZER, Milton. História ilustrada da escravidão. São Paulo: Ediouro, 2004. ISBN 8500011793 A. J. Avelãs Nunes. Os Sistemas Económicos, Génese e Evolução do Capitalismo. Coimbra: 2006. [editar] Ver também Escravidão moderna Convenção sobre a Escravatura Escravidão na Roma Antiga Escravidão africana Escravidão no Brasil Escravidão nos Estados Unidos da América [editar] Ligações externas O Wikimedia Commons possui multimedia sobre EscravidãoO Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Escravatura.Negros longe da história (em português) Unesco 2004: Slavery Abolition Year História da Abolição da Escravatura no Brasil When Europeans Were Slaves: Research suggests white slavery was much more common than previously believed

SUJEITOS E SABERES DA EDUCAÇÃO INDÍGENA

 AT-2– PRODUÇÃO TEXTUAL
Índios, brancos?
Como podemos focar está situação?
Quando se fala em cultura não é nada fácil assumir posições, pois de um lado, por exemplo, para o índio seu modo de viver é o ideal, enquanto que para os brancos, os índios não adquiriram “cultura”; por viverem na floresta não tiveram acesso às informações necessárias para se tornarem cidadãos.
UFA! Quem está certo? Quem está errado? Acredito que são modos de olhar diferente, para tanto devemos pausar nas necessidades e no respeito à diversidade para partir a qualquer decisão.
O povo indígena que vivia integrado à natureza foi realmente violado com a chegada dos “invasores” que a procura de novas terras, novo mundo; tomaram posse do seu habitat registraram como Terra de Vera Cruz (Brasil) e passaram a chamar de seu.
Adotei essa concepção após cursar faculdade e ter acesso a materiais que pudessem oferecer uma nova reflexão sobre o assunto, diferente dos estudos do ginásio, pois o índio não era ressaltado, parecia figurante, apenas estava ali como cenário da história do Brasil, o pano de fundo. E os heróis eram os homens brancos, os desbravadores que ali chegaram.
Violência, realmente todo tipo de violência. Que direito tinham sobre essa terra, sobre essa gente, mas tinham o poder da cultura, das armas dos homens brancos, de cidadãos que já possuíam os valores do consumo, da riqueza; acima do bem e do mal, ter riqueza (posse) já nesse período dignificava o homem como melhor, acima dos outros seres humanos que não as possuíssem. E quanto mais conseguissem, não importando como, era sim muito importante, mesmo que para isso fosse preciso matar, aniquilar espécies “diferentes”.
Essa cultura que domina a sociedade desde os primórdios continua latente, as situações de violência não mudaram muito mesmo depois de mais de 500 anos que se passaram.
Seja a violência física, ou mesmo a violência psicológica, estão nas noticias estampando as primeiras páginas dos jornais. Ao ouvir ou assistir noticias envolvendo aos indígenas, não posso negar que ronda dúvidas em meus pensamentos, pois há hora que penso que aos índios devam dar “tudo” que lhe é seu por direito e outras vezes penso que poderiam fazer uso de nossa cultura, pois precisam mudar suas concepções culturais. Então, como fazer uso da cultura do branco se nem mesmo aos brancos essa cultura lhe atendem nas suas necessidades, na dignidade humana.
Porém, hoje aos índios retornar às suas origens está muito mais difícil. Pense, cadê nosso meio ambiente, nossas florestas, os animais...
Será que somos capazes de criar um novo Planeta Terra ou uma floresta Amazônica para socorrer aos índios?
Já que isso não compete nossas atuações, então que pelo menos sejam aos índios proporcionados recursos que possam viver bem e em harmonia à cultura que cada tribo se insere; se for nessa pouca floresta que ainda temos, que seja.
O contato com a cultura do homem branco horas parece que não mais deixará de ocorrer, então cabe ao governo criar políticas que vão de encontro às suas necessidades, sem lhes privar do direito de viverem sua raízes, sem perder sua identidade. E que pelo menos não os deixem morrer, se contaminarem com os “maus” hábitos do branco, como é sabido que muitos estão morrendo com o uso de drogas ou doenças causadas pela convivência com os brancos.
Já ouvi pessoas dizerem: “Índios são bichos, deixem para lá”. “Eles são culpados estão vendendo nossa floresta”.“São eles os mais culpados, o estrangeiro chega aqui e oferece dinheiro e eles aceitam”. E tantas outras.
Então o que fazer diante de situações tão intrigantes?
A educação para a diversidade vem nos mostrando o quanto é difícil quebrar preconceito, aceitar as diferenças, no entanto é preciso começar. Foi possível perceber que ao menos no campo educacional já houve conquista, se caso podemos dizer assim, pois se compararmos o processo da educação desde quando se iniciou com os jesuítas e o que ocorre hoje em diversas aldeias houve melhoria pelo menos no que se diz necessário ao índio no convívio com a sociedade brasileira, no contato com a cidade e suas tecnologias, percebemos que a vida dos índios não mais acontecerá sem o contato com a sociedade, então a educação agora passa a ser uma necessidade e não uma imposição, embora isso faça com que muitos índios passam a viver ausente na sua cultura, perdem parte de sua identidade.
Para tanto devemos respeitar a cultura indígena deixá-los viver nos seus conceitos culturas e mediar com tolerância em questões que geram atritos, como por exemplo, em cultura indígena sabemos que a morte tem valores diferentes da nossa, o certo ou o errado, não sabemos. Então porque questionar?
Ressalto um fato ocorrido em Brasília, quando um índio fazendo uso de facão feriu um cidadão branco, isso me faz pensar que a qualquer custo eles vão lutar por alguns direitos, mesmo que para isso precise matar.
Ao nosso olhar isso é errado, horrível, para eles não. Só estão continuando a violência que se iniciou a mais ou menos 500 anos.
DOMINGUES, Sergio Augusto. Sujeitos e Saberes da Educação Indígena.

FUNDAMENTOS PARA EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE

Falar de uma Educação para a Diversidade e Cidadania exige de nós professores estudantes reflexões mais profunda de nossas ações, que consiste em quebrar nossos próprios conceitos diante de tantos conceitos que foram colocados para a sociedade e que nós professores muitas vezes também adotamos como nosso.
Ao tomar posse do texto em questão fui atentando-me para o que julgamos sempre como verdade absoluta. No entanto, pautei-me na reflexão de Violência e Paz, o que circula minha mente neste momento é que realmente cresci tendo como verdadeiros os conceitos de violência que seriam os maus tratos, os assassinatos, fazer o mal ao outro principalmente físico, assim como eu; acredito que muitas outras pessoas tinham a violência como o oposto da paz.
Meu conceito de paz com os estudos foi se modificando, porém percebo que boa parte da sociedade não se atentou para a violência como uma questão social que aumenta a discriminação, o preconceito e as desigualdades sociais e não somente a agressão física, o constrangimento psíquico. A violência não é apenas fruto de um indivíduo que cometeu um crime e que precisa ser moldado nos padrões da sociedade e para isso muitas vezes deve ser afastado do convívio social.
Vejo a violência como consequência dos acontecimentos que foram se acumulando na sociedade, a aquisição de conceitos padronizadores, e aceitos. Ao fazer uma reflexão dos subtítulos a serem discutidos vejo vestígios de violência do principio ao fim, quando se fala de tolerância e intolerância, de preconceito, diversidade e desigualdade, liberdade e igualdade, cidadania passiva e cidadania ativa até chegar nela propriamente dita a violência e a paz.
No dia a dia das pessoas a violência está contida com muita frequência. Quem nunca agiu com violência? No trabalho, em casa, na rua, em um outro lugar? Com uma pessoa conhecida ou desconhecida? Com alguém ou alguma coisa? Com você mesmo? Não importa o grau de violência só sei que ela está no meio social, no convívio entre as pessoas. Muitas ocorrem quase que despercebidas.
Em nome de algumas verdades individuais e sociais valores estão desaparecendo como o respeito ao próximo, a vida, algumas fatalidades facilmente são substituídas, parece estar se banalizando porque é frequente ouvirmos notícias de violência que chocam cada uma pior que a outra é como se já tivéssemos acostumando com tanta violência.
O professor convive com a violência frequentemente, os alunos resolvem tudo ou quase tudo com violência, fica então ao professor o difícil papel de trabalhar a paz, porém como fazer isso se no meio dos profissionais também ocorre à violência; não digo uma violência que todos veem, mas uma violência silenciosa na disputa de ocupar uma posição melhor que o outro. Tudo em nome de ocupar um melhor lugar ao sol, de conseguir melhores condições aos filhos, para manter o padrão social que a sociedade exige. E as condições de trabalho também não têm teor de violência como: classes super lotadas, alunos com problemas familiares, e de aprendizagens, indisciplina, salário baixo, jornada dupla ou até mesmo tripla, entre tantas outras violências.
Com as necessidades apontadas pela sociedade e com as novas políticas educacionais fica ao professor a responsabilidade em trabalhar nas suas práticas pedagógicas ações que ensinem as crianças a exercerem o respeito à dignidade humana, proporcionando o respeito às diferenças e igualdades entre os seres humanos. Porém, vejo que essas práticas precisam acontecer aos profissionais da educação, para depois eles desenvolverem com grandeza e sucesso essas pedagogias tão comentadas atualmente. 
 

HORTA ORGÂNICA: UMA EDUCAÇÂO AMBIENTAL AO ALCANCE DAS ESCOLAS

Segundo Pádua e Tabanez (1998) a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudanças de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.
A utilização do meio ambiente pelo ser humano acontece desde a pré-história, a pratica da agricultura a fim de assegurar o seu sustento. Mas com o passar do tempo, esta técnica de subsistência sofreu muitas modificações significativas, passando a utilizar intensivamente agrotóxico e fertilizante, a irrigação, novas variedades genéticas e maquinarias a final o que interessava era a produtividade sem medir as conseqüências que isso poderia gera, mais o pior aconteceu, o uso dessas técnicas acabou de certa forma agravando a degradação ambiental, tornando a produção de alimentos de certa maneira um risco aos seres humanos e uma degradação constante do meio ambiente.
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização, o que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Nesse sentido a execução de trabalhos e estudos na horta orgânica passa a ter uma relevante importância na Educação Ambiental do indivíduo, onde é a escola, a principal instituição capaz de colaborar com as tomadas de decisões sobre os problemas da sociedade, transmitindo às crianças e jovens informações, auxiliando nas pesquisas, formando uma comunidade responsável pelo meio social e buscando restabelecer a harmonia entre o ser humano e o ambiente.
O trabalho realizado na horta orgânica tem como objetivo proporcionar um ambiente investigativo dentro e fora da sala de aula, sensibilizando o educando acerca da importância de adquirir conhecimentos sobre como produzir alimentos saudáveis e relaciona-lo a efetivação da Educação Ambiental. Aprendendo também que a agricultura com a utilização de agrotóxicos pode estar relacionada com uma série de problemas causados ao ser humano e ao ambiente, despertando desta maneira uma preocupação em conservar e restaurar o ambiente em que vivemos de modo a melhorar a qualidade de vida no presente e das gerações futuras.
No Município de Castilho a EMEIEF “Maria Dauria Silva Oliveira” já possui uma horta orgânica, que é trabalhada todos os anos por um funcionário e pelos alunos, as aulas praticas na horta são realizadas distintamente, conforme o ano de escolarização e grau de instrução. Exemplo as salas dos alunos de 1º a 5º ano participam através de aulas de observação e conhecimento das verduras lá cultivadas, já as salas do 6º ao 9º ano trabalham efetivamente na manutenção desta horta, ajudando a organizar os canteiros, produção de mudas, replantio, irrigação, etc.
Estas aulas são muito bem vindas nesta escola, uma vez que boa parte de sua clientela são de assentamentos, e o cultivo de hortas contribuem muitas vezes para uma alimentação mais rica e saudável. Fica claro  que a ação educativa através de um projeto como a horta orgânica constitui-se de um veículo muito importante de transmissão de informações na área ambiental, acadêmica e comportamental. Pois os alunos passam a ser agentes de transformação em suas casas, sítios e até mesmo na sua comunidade.
É fundamental a realização de trabalhos educativos diversificados junto aos alunos de Ensino Fundamental, pois, para que a Educação Ambiental se desenvolva como processo, é essencial que ela ocorra o mais cedo possível, para que as percepções, reflexões e as novas atitudes sejam tomadas desde a iniciação escolar, fazendo com que seja despertado o sentimento de conservação do nosso ambiente, para quando se atingir a idade adulta tenha uma nova visão e uma nova perspectiva para o nosso ambiente.
A Educação Ambiental, dentro da escola é uma nova forma de educar, que traz aos ambientes escolares aspectos socioambientais a serem trabalhados em todas as disciplinas e séries. É muito importante desenvolvermos um projeto de horta orgânica em nossa escola, sendo que este é um meio de educarmos também as famílias de nossos alunos.


                                                                                                                                                                               


REFERÊNCIAS.
  Educação ambiental: Caminhos Trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998 Padua,S,Tabanez,M(orgs)
  www.apromac.org.br/ea005.htm
   Impressão Pedagógica, Ano XVII n.º 43,expoente.2008